O velho estádio da baixada, inaugurado em 1904, estava insuficiente para aquele clube pujante cada vez mais popular.
Os sócios já não cabiam mais no antigo pavilhão e os torcedores, mesmo se espremendo, não conseguiam mais acher um lugar nas quatro linhas para assistirem aos jogos.
Como o campo terminava próximo aos limites do terreno, não havia como ampliar a sede.
Construir uma nova casa era a única solução.
Com o local definido, as obras começaram em 1951 na gestão do inesquecível presidente Saturnino Vanzelotti. A conclusão em 19 de setembro de 1954, só foi possível graças ao esforço e ao trabalho deste mandatário e de outros estimáveis gremistas como Silvio Toigo, Alfredo Obino, Pedro Carvalho Haeffner, Carlos Faedrich e Fernando Kroeff.
O projeto do Olímpico foi escolhido concorrência pública em 1950. Venceu o do arquiteto Plínio de Oliveira Almeida, com os cálculos estruturais do engenheiro Armando Ballista. Os mesmos seriam responsáveis pela posterior ampliação.
Superando dificuldades financeiras o clube inaugurou o maior estádio particular do Brasil.
Com capacidade para 38mil pessoas sentadas, possuía pavilhão socia, cadeiras cativas cobertas por marquiese de 90 metros de comprimento, arquibancadas inferior circulando todo o gramado, tribuna de honra, além de vestiários, túneis de acesso, pista olímpica de atletismo, restaurante, bares e a mais moderna drenagem do país. A iluminação foi inaugurada no ano seguinte.
O nome de batismo vem da ídeia original de que a praça esportiva fosse preparada para abrigar todos os esportes olímpicos.
Na época, diversas atividades esportivas eram prestigiadas pelo clube incluindo até a, hoje exótica Columbofilia (criação de Pombos-Correios).
A estria não poderia ter sido melhor. Com o estádio completamente lotado, ainda sem o fosso, os que estavam mais próximos ao gramado ficaram espremisdos contra a tela que circundava o campo, mas viram um confronto emocionante.
A inauguração foi uma verdadeira festa democrática: Todos os departamentos desfilaram no festival de abertura, incluindo os garotos da base, ex-atletas e dirigentes do passado e do presente.
O ponto alto, é claro, foi o jogo de futebol. E a história do Olímpico começou com uma grande vitória sobre o tradicional time Nacional ,de Montevidéu.
O apoio da massa foi crucial para vencer o forte Nacional, de Montevidéu por 2x0. Os gols saíram aos 20 e 37 minutos do 2º tempo, marcados por Vitor. Quem pensa que foi um amistoso festivo, engana-se, a rivalidade com os Uruguaios era enorme após a final da Copa de 50, e até briga ocorreu.
O Olímpico já nascia peleando.
Escalação:
Nacional: Veludo, W Gonzalez, Blanco, Leonardi, Santamaría, Cruz, Orellano (Manana), Cluiroga, Mendez, Romerito (Júlio Peres) e Escalada.
Grêmio: Sérgio, Roberto, Ênio, Orli, Sarará, Itamar, Tesourinha, Milton, Camacho (Vitor), Zunino e Torres (Jorginho).
01:05
Sapucaia Tricolor









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